Crónicas Reflexas: O Preço de Continuar a Sonhar

 

Para uma melhor compreensão é aconselhada a leitura do conto Memórias de Papel .


Aquelas histórias quase esquecidas eram um convite: ser verdadeiro consigo próprio.”

Este excerto do conto “Memórias de papel” sumariza a minha revelação. Sendo eu o autor e tratando-se de um texto autobiográfico, os temas abordados são bastante pessoais. Mas acredito que não estou sozinho neste sentimento

Muitos de nós, a partir de uma certa idade, deparamo-nos com este conflito: uma luta entre um passado sonhador e um presente realista. Nem todos vivem o sonho, mas todos são forçados a viver a realidade.

O reencontro com a identidade perdida

No conto, Teodoro reencontra manuscritos que escreveu na adolescência. Isso reaviva memórias adormecidas e sonhos abandonados. A presença da sua versão mais jovem é a personificação da sua chama, agora reduzida a cinzas.

De certa forma, Teodoro representa todos os que, em algum momento, abandonaram os seus anseios. A necessidade de estabilidade e as responsabilidades da vida adulta forçam escolhas

✔ Não é difícil reconhecer que, na maioria das vezes, o pragmatismo vence a aspiração

Ignorar esse chamamento tem, porém, um alto preço: a degradação da identidade. Se perseguir um sonho é algo que exige sacrifício, descartá-lo causa um desgaste corrosivo. É a perda dessa conexão com aquilo que nos entusiasma que rouba a genuinidade do viver

Posso confirmá-lo por mim próprio.

O tempo altera a perceção do que realmente importa

Depois, vemos Teodoro a ser transportado para momentos da infância. Ali, revê um tempo em que sonhar era natural

✔ Sem dúvida que o tempo altera a perceção do que realmente importa

Felizmente, todos atravessamos períodos nostálgicos que relembram a importância de recuperar o que ficou pelo caminho. É nessas alturas que reparamos que as preocupações práticas provavelmente tomaram o lugar das aspirações. 

Significa isso que os sonhos devam morrer?

A transformação e o regresso ao sonho

O final da história exibe uma transformação. O ato de apanhar os papeis e guardá-los simboliza um resgate de quem ele verdadeiramente é. 

✔ Aquele que desce as escadas é diferente daquele que as havia subido

Este voltou a permitir-se sonhar.

Momentos de epifania como este podem ser decisivos na vida de qualquer pessoa. Acredito profundamente que nunca é tarde para recuperar aquilo que nos faz felizes. Pequenos gestos podem marcar o início de um novo caminho, se houver coragem em segui-lo.

E tu? Já te permitiste abraçar o que realmente amas? 

Para mim, foi o sonho de ser escritor. Para ti, será algo diferente, mas igualmente importante. 

✔ Todos temos aspirações distintas, mas somos impulsionados pelo mesmo desejo de realização

No final de contas, ser verdadeiro com a nossa alma pode ser assustador. Expõe as fragilidades que a tanto custo tentamos esconder.

Mas será que viver numa eterna negação é realmente melhor?



E tu, há quanto tempo não revisitas os teus próprios sonhos? Será que ainda há tempo para os resgatar? Acreditas que ignorar os sonhos nos torna menos autênticos? Ou é apenas parte inevitável da vida adulta?

Lê, comenta e partilha! Vamos juntos redescobrir os sonhos perdidos.

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